segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Rádio: a caixinha acompanhante na década de 60


A rotina dos jovens de Lagoa Formosa na década de 60, não passava de apenas alguns finais de semana nos bailes da sede social, um encontro com os amigos para curtirem as músicas do “iê iê iê” ou até para ensaiarem alguns passos de dança que só foram se firmar ao som dos Beatles.As famílias eram conservadoras, por isso era costume “ dormir com as galinhas”, um clã característico até os presentes dias em algumas poucas residências.
Mas antes de se deitarem as mulheres e os jovens que não poderiam dar-se ao luxo de saírem á noite, não havia outra alternativa se não fosse se colocarem ao redor de um rádio, costumeiramente colocado sobre uma mesa ao centro da sala de visita, e apreciarem os programas radiofônicos quase sempre sertanejos e produzidos pela Rádio Nacional de São Paulo, em sua maioria.

Era curioso como todas as casas tinham um rádio, á pilha ou á eletricidade.Logo que chegasse em qualquer casa, o primeiro cômodo era uma sala onde ficava geralmente uma mesa quadrada, forrada com forros marcados ou aplicados pela senhora dona de casa.Sobre ela, senão houvesse um quadro de santo, havia um globo de vidro com flores de plástico mergulhadas em água ,uma imagem de santo e o rádio, que era certamente uma peça imprescindível.

Fonte: "Das histórias de colo ao canto da alma" , Autor: Célio Moreira da Fonseca

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